terça-feira, 7 de fevereiro de 2012



Que da palavra se faça o ato
Que da dor se faça crescimento
A menina se faça mulher
Agora, os demônios se transformam em rosas e tomo como meus, os meus poderes
Vinho, fruto de êxtase
Olhos de lince, força de Tigre
Guardiões do valor da tulipa, boas vindas e vida longa
Crescimento ilimitado e gratidão pela infinidade da sabedoria
Que o labirinto seja percorrido, então, sem medo
Esteja o ensinamento superior, acessível em minha busca
E que seja feita, enfim, a escolha pela vida!
Cada gota do meu sangue é derramada em nome da transformação e liberdade
De mim se faça um catalisador da evolução
E minha voz finalmente me fala
E meu ouvido finalmente me ouve
Agora, a noite pode ser habitada e, livre das mentes inférteis, abriga a criação
Por uma humanidade que saiba morrer e amar
Que assim seja!



Nanna Carolina

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012



“Os lobos saudáveis e as mulheres saudáveis têm certas características psíquicas em comum: percepção aguçada, espírito brincalhão e uma elevada capacidade para devoção. Os lobos e as mulheres são gregários por natureza, curiosos, dotados de grande resistência e força. São profundamente intuitivos e têm grande preocupação para com seus filhotes, seu parceiro e sua matilha. Têm experiência em se adaptar a circunstancias em constante mutação. Têm uma determinação feroz e extrema coragem.”
Clarissa Pinkola 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


     
       Podemos ver a magia presente em diversas religiões. Eu diria mesmo em todas. A tentativa de manipular e prever a própria sorte são práticas comuns da nossa espécie.
       Guiados pela ética religiosa, podemos seguir uma determinada forma desta prática que pressupõe orações, sacrifícios, ritos próprios.
         Cada sistema religioso costuma vir preparado para cada pergunta básica humana e costuma ter uma forma de lidar com nossos infindáveis erros. Costumam também ter seres superiores nos quais podemos nos apoiar e bodes expiatórios que nos confundem no caminho.
       Tudo que lida com o desconhecido envolve não só nosso intelecto, como também nosso emocional. Desta forma, a magia religiosa é, pelo menos parcialmente, emocional. O que é muito útil, no caso de se querer estabelecer uma conexão com o divino. Acredito que nas formas de magia de conexão, quanto menos intelecto e padrão, melhor. 
       Porém, existe outra forma de magia, e ela lida com causa e efeito. É a forma racional de manipular o mundo objetivo, com aquilo que não vemos, e não explicamos racionalmente. Pois bem, o Magista adota uma postura empírica para atingir finalidades concretas, porém ele não está lidando somente com o mundo positivo. Por tentativa e erro ele é livre para usar forças que estão além de seu campo de percepção sensorial primário, sem para isso se apoiar em algum sistema de fé. Ele sabe que está lidando com coisa que existem. No caso de haver algum erro em seu objetivo, ele só poderá responsabilizar a si, e poderá tentar novamente.   
       Há também, uma fusão da forma religiosa e empírica de se pensar a magia. O que resulta são rituais religiosos de adoração com finalidades práticas, sendo esta a forma mais comum de executá-la na modernidade.
       Gosto da magia e da religiosidade. Mas não sei como me posicionar, na hora de escolher uma melhor forma de praticá-las. Sei que a religião deixa o ato mágico tendencioso, mas, sem ela, pode torná-lo sem ética. Porém, vendo-se que a própria religião já perdeu a ética... é uma questão complicada.